segunda-feira, 20 de abril de 2009

Quanto vale um gol?


Sabe uma coisa que tenho pensado ultimamente? Tenho me perguntado quanto custa um gol. Não, não estou falando do carro. Estou falando do mais querido do Brasil, a famosa bola na rede.

Eu discordo muito mas muita gente diz que o Brasil é o país do futebol. E é muita gente mesmo, hein. Consciente coletivo, posso me manifestar contra mas não desfaz o fato que é. Fato, digo, que dizem, não de ser. Deu para entender, né?

Os escândalos de futebol estão cada vez mais presentes em nosso cotidiano. Primeiro foi o jogo do Santos que deixou a Lusa de fora. Agora veio esse do Flamengo. Até mesmo para os mais céticos (ou esperançosos) os indícios começam a ser realmente alarmantes.

Será mesmo que até o futebol é comprado neste país? Eu gostaria muito de dizer não. Mas hoje eu não sei se posso falar isso com convicção.

De qualquer maneira, vou deixar um recado. Camaradas, não aloprem o futebol. E não façam isso mesmo. Roubem a prefeitura ou até mesmo o Estado. Roubem o plano de saúde, escondam 25 milhões no exterior como nosso querido Maluf. Estourem seus cartões de crédito nos puteiros de Brasília. Aumentem o imposto de renda. Isso não são bem conselhos. Conselho, de verdade, eu tenho um só: Não aloprem o futebol.

Brasileiro é um povinho comodista que só. Mas quando cair na real que vocês estão roubando o futebol deles, que as lágrimas que derramam nos estádios estão sendo a toa, que tudo é manipulado... Meus velhos, acreditem, vão todos virar argentinos, pegar pedaços de pau e saírem quebrando a capital.

Deu para entender?

terça-feira, 14 de abril de 2009

Solidariedade


Não vai ser mais um daqueles textos que tanto incomodam, dizendo que devemos ajudar o próximo por sermos seres humanos. Venho aqui para falar de solidariedade para com a minha grande amiga, a televisão. Há muito tempo vejo que ela tem sido maltratada por inúmeras pessoas e, por discordar completamente disto, me senti na obrigação de escrever a verdade.

No momento minha televisão está desligada, do meu lado. Olho para ela e vejo meu reflexo. É ela que olha de volta para mim. Está triste, porque ultimamente virou moda dizer que “A televisão manipula as pessoas”. Talvez ela esteja me manipulando a escrever sobre ela. Cruel televisão...

O que quero dizer é o seguinte: A televisão é inofensiva. Ela não faz nada de mais contra você. Há algum tempo foi inventado o controle remoto, aparato sensacional e indispensável no nosso cotidiano. Com ele você pode arrumar configurações, aumentar ou diminuir o volume e, principalmente, mudar o canal. Mudar o canal é um direito adquirido de – quase – todos que possuem uma televisão. Aí é que está a questão.

Informação vai e vem. Pela televisão, rádio, internet, sua sogra (esta última é ainda pior, porque quando começa não para nunca e, infelizmente, não temos o botão de desligar), etc. Em todo meio de comunicação, existem bons comunicadores e maus comunicadores. Neste caso, é claro, não estou falando de capacidade e sim de intenções. Existem informações que vem para fazer da sociedade marionetes. A televisão pode te passar muita porcaria, se assim você permitir. Jornalismo péssimo, séries péssimas, documentários péssimos. Tem até a Galisteu...

Mas a televisão também pode ser boa. Existem excelentes programas na televisão hoje em dia. Existem instituições que nem propaganda externa aceitam. Existe uma cultura muito boa na televisão. No fundo elas são que nem pitbulls, sabe? Tem aqueles que são criados para matar. Tem aqueles que são criados para ser companheiros pelo resto de suas vidas...

Lembremos, na próxima de falar de televisão: cada uma representa o dono que tem...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

O tal do diploma...


(O texto é de minha autoria e também foi publicado no controle remoto. Vale o click!)

Antes que comecem me atirar pedras, afirmo que sou estudante de jornalismo e, independente do que rolar no dia 15, irei concluir meu curso. Mas vamos lá, todos estão esperando. Sou absolutamente contra um diploma para exercer a profissão jornalismo.

Muita gente tem dito que sem a necessidade do diploma o mercado vai ficar saturado. Hello? Observem o mercado. Ele está saturado há muito, muito tempo. Temos hoje, no Brasil, 497 cursos superiores de jornalismo com média de 26 estudantes formandos por curso. Amigo, me desculpe mas o mercado já está saturado e tem tempo. E quer saber a minha opinião sobre isso? Eu acho que o mercado vai é aliviar. Porque, graças a deus, 20 e tantos mongos da minha sala vão finalmente cair na real que aquilo não é para eles. Que não são e provavelmente nunca serão jornalistas.

Existem aqueles que gostam de toda essa parafernália de números, estatísticas, dados. Vou apresentar um dado curioso: Em países como Estados Unidos, Itália, Japão, Alemanha, França, Grécia, Suíça e Suécia não é necessário o diploma para exercer a supracitada função. Na contramão, exigindo o diploma, temos países como Brasil, Equador, Turquia, Colômbia, África do Sul, Costa do Marfim, Arábia Saudita, Congo, dentre outros. A interpretação é livre.

Todo dia discutimos a qualidade de ensino no Brasil. Não passa um dia da minha vida que eu não ouça alguma coisa ligada à isso. Quem sabe não vá acontecer de hoje para amanhã, mas sem a necessidade do diploma, os cursos ruins tendem a desaparecer. Não vai existir a necessidade deles. Por quê, diabos, alguém vai querer fazer algo opcional e ruim? Este ponto, por si só, solidifica a opinião de que, com a retirada permanente da exigência do diploma, as instituições que oferecerem um curso de Jornalismo, de especialização ou não, vão melhorar suas cadeiras; seus profissionais; sua atenção para com os alunos. Estamos falando sobre um nível elevado. Um nível digno de estudo que, particularmente, acredito que todos temos direito. Falamos sobre ensino no Brasil e uma melhora considerável parece utópica na maioria das vezes. Pois é, caros, estou apresentando uma oportunidade palpável e muito próxima para vocês.

Para piorar, tem aqueles que dizem: “Isso é injusto! Estudei quatro anos para me tornar jornalista! Quer dizer que os outros, sem diploma, vão pegar meu emprego?”. Caso isso aconteça, acredito que estamos acordados sobre a desnecessidade do diploma para exercer a profissão. E me desculpem os quadrados, mas Jornalista não é jornalista por um diploma. Um papel. Jornalista é jornalista por sua cabeça, por sua cultura, por sua consciência, por sua ética e por seu intelecto. Jornalista é jornalista. Ou se é, ou não é. Simples assim. E isso nenhum diploma deveria ter o direito de mudar...

terça-feira, 7 de abril de 2009

Uma bondade insuportavel

Desculpem-me os viajantes da nuvem cor-de-rosa, mas se isto aqui não começasse com uma crítica, definitivamente não seria eu escrevendo. Alguns aqui já sabem que, embora críticas sejam demasiadamente presentes em meu cotidiano é muito raro escapar-me a palavra “odeio”. Estes dias ela escapou. Acho que tem duas coisas que eu odeio neste mundo: a primeira é a mulher moderninha e hipócrita; a segunda são estes anti-tabagistas fanáticos. Quando falo mal de mulher parece que chuto cachorro morto, portanto, vamos ao segundo tópico.

Veja bem, eu não estou dizendo para você ir na padaria, comprar um maço de Marlboro, colocar um cigarro na boca e acender. Mas acredite, existem momentos na vida em que nada, reforço – nada – é melhor que um cigarro.

Quando você viu que estourou em faltas na faculdade, você pode dar um tapa na testa e começar a se amaldiçoar. Ou você pode acender um cigarro. Quando sua acompanhante começa aquela DR que vai levar horas e horas e você está morrendo de sono, você pode esbravejar, rosnar, reclamar da vida e pensar quão infeliz você é. Ou você pode acender um cigarro. Quando termina aquele sexo, você pode ouvir sua namorada reclamando da vida. Ou você pode ligar o automático e acender um cigarro. Quando você vê a sua conta corrente no vermelho, pode perder alguns cabelos e pensar em um círculo contínuo de como isso aconteceu. Ou você pode escrever um ponto de interrogação no estrato e acender um cigarro.

Olha, eu sou um cara estressado e disso todos sabemos. Quando me estresso, acendo meu cigarro. As milhares de substâncias tóxicas que invadem meu pulmão e me fazem perder alguns segundos de vida são o melhor remédio para este e outros 99% dos problemas da vida de um homem. Uma, repito, um tragada faz com que você se sinta um homem novo. Isso é uma coisa que todo homem deveria fazer. Agora, existem coisas no mundo que nunca, nunca devemos fazer. Uma delas, por exemplo, é broxar os outros. Broxar deveria ser um dos pecados capitais. Tem uma coisa no mundo que me broxa mais que a Gretchen: Falar da porra do meu cigarro quando eu estou fumando. Vá pra puta que te pariu!

Eu, fumante, sei o que o cigarro faz comigo. Tenho 24 anos e as vezes me sinto sem fôlego, cara. Isso é um puta de um sintoma. Agora o que estes infelizes não sabem é o que não fumar um cigarro pode fazer conosco. Jesus ia cavar um buraco para o inferno se tirasse um cigarro da minha boca. E nem adianta dizer que não ia, porque ia sim! E gostaria eu que ele me falasse que, sendo um fumante passivo, iria desenvolver câncer. Quem não gostaria de virar para Jesus e falar: “Sua anta, vá estudar um pouco!”

Fiquei horas e horas pensando em dizer como, onde e porque um cara fuma. Fiquei pensando em como dizer para você: Na balança do custo benefício, o cigarro lidera o aspecto secundário contra qualquer outra comparação no mundo.. Não encontrei palavras minhas que diferissem muito as de “um cara aí”. Gostaria de parabenizar tio Twain, pelos seus dizeres em San Franciso, 1865:

“I don't want any of your statistics. I took your whole batch and lit my pipe with it. I hate your kind of people. You are always ciphering out how much a man's health is injured, and how much his intellect is impaired, and how many pitiful dollars and cents he wastes in the course of ninety-two years' indulgence in the fatal practice of smoking; and in the equally fatal practice of drinking coffee; and in playing billiards occasionally; and in taking a glass of wine at dinner, etc., etc., etc. . . . You never see but one side of the question. You are blind to the fact that most old men in America smoke and drink coffee, although, according to your theory, they ought to have died young; and that hearty old Englishmen drink wine and survive it, and portly old Dutchmen both drink and smoke freely, and yet grow older and fatter all the time. And you never try to find out how much solid comfort, relaxation and enjoyment a man derives from smoking in the course of a lifetime, (and which is worth ten times the money he would save by letting it alone,) nor the appalling aggregate of happiness lost in a lifetime by your kind of people from NOT smoking.”