quinta-feira, 9 de abril de 2009

O tal do diploma...


(O texto é de minha autoria e também foi publicado no controle remoto. Vale o click!)

Antes que comecem me atirar pedras, afirmo que sou estudante de jornalismo e, independente do que rolar no dia 15, irei concluir meu curso. Mas vamos lá, todos estão esperando. Sou absolutamente contra um diploma para exercer a profissão jornalismo.

Muita gente tem dito que sem a necessidade do diploma o mercado vai ficar saturado. Hello? Observem o mercado. Ele está saturado há muito, muito tempo. Temos hoje, no Brasil, 497 cursos superiores de jornalismo com média de 26 estudantes formandos por curso. Amigo, me desculpe mas o mercado já está saturado e tem tempo. E quer saber a minha opinião sobre isso? Eu acho que o mercado vai é aliviar. Porque, graças a deus, 20 e tantos mongos da minha sala vão finalmente cair na real que aquilo não é para eles. Que não são e provavelmente nunca serão jornalistas.

Existem aqueles que gostam de toda essa parafernália de números, estatísticas, dados. Vou apresentar um dado curioso: Em países como Estados Unidos, Itália, Japão, Alemanha, França, Grécia, Suíça e Suécia não é necessário o diploma para exercer a supracitada função. Na contramão, exigindo o diploma, temos países como Brasil, Equador, Turquia, Colômbia, África do Sul, Costa do Marfim, Arábia Saudita, Congo, dentre outros. A interpretação é livre.

Todo dia discutimos a qualidade de ensino no Brasil. Não passa um dia da minha vida que eu não ouça alguma coisa ligada à isso. Quem sabe não vá acontecer de hoje para amanhã, mas sem a necessidade do diploma, os cursos ruins tendem a desaparecer. Não vai existir a necessidade deles. Por quê, diabos, alguém vai querer fazer algo opcional e ruim? Este ponto, por si só, solidifica a opinião de que, com a retirada permanente da exigência do diploma, as instituições que oferecerem um curso de Jornalismo, de especialização ou não, vão melhorar suas cadeiras; seus profissionais; sua atenção para com os alunos. Estamos falando sobre um nível elevado. Um nível digno de estudo que, particularmente, acredito que todos temos direito. Falamos sobre ensino no Brasil e uma melhora considerável parece utópica na maioria das vezes. Pois é, caros, estou apresentando uma oportunidade palpável e muito próxima para vocês.

Para piorar, tem aqueles que dizem: “Isso é injusto! Estudei quatro anos para me tornar jornalista! Quer dizer que os outros, sem diploma, vão pegar meu emprego?”. Caso isso aconteça, acredito que estamos acordados sobre a desnecessidade do diploma para exercer a profissão. E me desculpem os quadrados, mas Jornalista não é jornalista por um diploma. Um papel. Jornalista é jornalista por sua cabeça, por sua cultura, por sua consciência, por sua ética e por seu intelecto. Jornalista é jornalista. Ou se é, ou não é. Simples assim. E isso nenhum diploma deveria ter o direito de mudar...

3 comentários:

Tenório disse...

Hahahahaha gostei do comentário sobre os muros lá no meu blog.

Agora sobre esse seu texto: se precisar um dia correr uma lista assinada para ratificar sua opinião, pode contar comigo.

Tenorio disse...

Coloquei seu link la no blog!

Anônimo disse...

Show de bola o seu blog, e aproveitando esse assunto, muitas vezes desanimo com meu curso (Eng. da computação) pois vemos que na faculdade particular, os professores - alguns - nos tratam como alunos de ensino médio, além do conteudo não ser muito bom. Para alguns alunos isso pode ser legal, mas quem quer aprender mesmo acaba ficando desanimado... Enfim, entrei pra fazer engenharia, e 2 anos depois eu só quero me formar pelo diploma - que pelo que vejo, qualquer um pode ser engenheiro hoje em dia.